segunda-feira, 2 de março de 2009

Jesus e a Humanidade

Jesus-Homem é a lição de vida que haurimos no Evangelho como convite ao homem que se deve edificar.
Não havendo criado qualquer doutrina ou sistema, Jesus tornou a Sua vida o modelo para que o Homem se pudesse humanizar, adquirindo a expressão superior.
No Seu tempo, e ainda agora, o homem tem sido símbolo de violência, prepotência e presunção, dominador exterior, estorcegando-se, porém, na sua fragilidade, nos seus conflitos e perecibilidades.
Após os Seus exemplos surgiu um diferente homem: humilde,simples, submisso e forte na sua perenidade espiritual.
Enquanto os grandes pensadores de todos os tempos estabeleceram métodos e sistemas de doutrinas, Ele sustentou, no amor, o pilotes da ética humanizada para a felicidade.
Não se utilizou de sofismas, nem de silogismos, já mais aplicando comportamentos excêntricos ou fórmulas complexas que exigissem altos níveis de inteligência ou de astúcia.
Tudo aquilo a que referiu é conhecido, embora as roupagens novas que o revestem.
Utilizou-se de um insignificante grão de mostarda, para leccionar sobre a fé; recorreu a redes de pesca e a peixes, para deixar imperecíveis exemplos de trabalho; a semente caindo em diferentes tipos de solos, para demonstrar a diversidade de sentimentos humanos ante o pólen de luz da Sua palavra.O "Sermão da montanha" inverteu o convencional e aceito sem discussão, exaltando a vítima inocente ao invés do triunfador arbitrário; o esfaimado de justiça, de amor e de verdade, em desconsideração pelo farto e ocioso, dilapidador dos dons da vida. Jesus é a personagem histórica mais identificada com o homem e com a humanidade.
Todo o Seu ministério é feito de humanização, erguendo o ser do instinto para a razão e daí para a angelitude. Igualmente, é o Homem que mais se identifica com Deus. Nunca se Lhe refere como se estivesse distante, ou fosse desconhecido, ou temível. Apresenta-O em forma de amor, amável e conhecido, próximo das necessidades humanas, compassivo e amigo. Reformula o conceito mosaico e actualiza-o em termos de conquista possível, aproximando os homens d'Ele pela razão simples de Ele estar sempre próximo dos indivíduos que se recusam a doar-se-Lhe em amor. Referindo-se ao "reino", não o adorna de quimeras nem o torna pavoroso; antes, desperta nos corações o anelo de consegui-lo na realidade da transcendência de que se reveste. Nega o mundo, sem o maldizer abençoando-o nas maravilhosas paisagens nas quais atende a dor, e deixa-se mergulhar em meditações profundas sobe o faiscar das estrelas luminosas do Infinito.
Jesus, na humanidade significa a luz que a aquece e a clareia. Se te deixaste fossilizar por doutrinas ortodoxas que pretendem n'Ele ter o seu fundador, renasce e busca-O, na multidão ou no silêncio da reflexão, fazendo uma nova leitura das Suas palavras, despidas das interpretações forjadas.
Se te decepcionas-te com aqueles que se dizem seguidores d'Ele, mas não Lhe vivem os exemplos, olvida-os, seguindo-O na simplicidade dos convites que Ele te endereça até agora e estão no conteúdo das Suas mensagens, ainda avivas quão ignoradas.
Se não Lhe sentiste o calor, rompe o frio da tua indiferença e faze-te um pouco imparcial, sem reacções adrede estabelecidas facultando-Lhe penetra-te o coração e a mente. Na tua condição humana necessitas d'Ele, a fim de cresceres, saindo dos teus limites para o infinito do Seu amor. Jesus veio ao homem para humaniza-lo sem dúvida. Cabe-te, agora, esquecer por momentos das tuas pequenezes e recebê-Lo, assim cristificando-te, no logro da tua realização plena e total.
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Fonte: Jesus e Actualidade
Espírito : Joanna de Ângelis
Psicografia: Divaldo Pereira Franco
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Um fraterno abraço para todos. Elda

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