quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Inconsciente, intuição, pressentimento e mediunidade

Citamos Allan Kardec:
"O Espiritismo anda no ar; difunde-se pela força mesma das coisas, porque torna felizes os que o professam." ALLAN KARDEC
"O perispírito representa importantíssimo papel no organismo e numa multidão de afecções, que se ligam à fisiologia, assim como à psicologia." ALLAN KARDEC
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Inconsciente, intuição, pressentimento e mediunidade.
O que actua no ser humano quando ele pensa? É o inconsciente que se apresenta à consciência? Uma ideia nova é uma intuição que procede como resposta a um estímulo ambiental? É um pressentimento de que algo vai acontecer? É a consciencialização da dinâmica do inconsciente ou fruto de um estímulo telepático? Será que a mediunidade está presente nos fenómenos psíquicos? Como? Difícil responder a estas questões. Suponho que a mediunidade é uma faculdade presente em todos os fenómenos psíquicos. Não é possível pensar sem captar frequências espirituais por intermédio dela.
A comunicação mediúnica é um fenómeno psicológico que permite vir à consciência o que se inicia em outra dimensão e na esfera extra-cerebral ou perispiritual. Ela favorece no encarnado a emanação de conteúdos do inconsciente que, pela sua quantidade, intensidade e qualidade nas informações, pode configurar uma ideia de futuro na forma de pressentimento como uma probabilidade. Da mesma forma, o ego pode, pela mediunidade ou não, ter acesso àqueles conteúdos, quando estimulado pelo meio ou pelo próprio inconsciente, pressentindo o futuro, também como probabilidade. A isso se chama intuição. O meio que estimula o ego pode ser material ou espiritual. A intuição, portanto, é possível graças às manifestações do inconsciente e à mediunidade.
Atribuir ao inconsciente a autonomia de provocar tais eventos advém da intensidade com que as experiências do espírito, ali gravadas nas várias encarnações, promovem a sua expressão na vida consciente. Não se pode dizer se a acção procede do espírito ou se do meio. Tudo ocorre de uma forma simultânea como na união de opostos que se buscam intensamente.
As ocorrências do inconsciente são manifestações constantes e inseparáveis da vida humana, consequentemente não há consciência sem as interferências que vêm dele. A consciência é inicialmente estruturada a partir das interferências do inconsciente e continua a absorver seus conteúdos no decorrer da vida, o que caracteriza o processo de amadurecimento do indivíduo. A consciência, além dessa interferência, absorve o que lhe vem das experiências do ego em contacto com a realidade externa.
As intenções, os desejos e impulsos, por outro lado, parecem exigir uma certa predisposição ou pressão. Parece que elas ocorrem mediante algum estímulo próprio do Espírito, da realidade espiritual (de algum desencarnado)ou oriundo de algum evento externo (estímulo do ambiente material). Na intuição algo deve estar incomodando a consciência para que ocorra, como se houvesse uma descompensação psíquica para sua manifestação. O pressentimento é mais do que uma simples intuição pela necessária conexão inconsciente com uma provável situação futura. O pressentimento preenche, aos "olhos" daquele que o sente, uma descontinuidade entre o passado e o futuro, apresentando-lhe uma possibilidade de entendimento como um senso colectivo.
O evento mediúnico, quando se processa pela afectação do psiquismo do indivíduo, pode apresentar também como uma manifestação do inconsciente, como uma intuição e como um pressentimento. Não há como distinguir, num evento mediúnico, se a participação é estritamente do psiquismo do indivíduo ou se há interferência de um espírito comunicante.
Quando o evento mediúnico surge no formato de uma mensagem psicofónica ou psicográfica, também é difícil distingui-lo de um evento estritamente da autoria do médium, tendo em vista a possibilidade de seu conteúdo ter vindo do inconsciente do mesmo. Quando o conteúdo contém dados desconhecidos da vida actual ou de vidas passadas do médium, aí sim, teremos a constatação da interferência extra-médium. è o caso das mensagens mediúnicas contendo informações precisas de nomes, datas, dados biográficos e outros detalhes que vêm a ser confirmados após pesquisas: As mensagens de conteúdo moral elevado podem vir do inconsciente do médium, mesmo que estimulado por espíritos. Uma mensagem de conteúdo moral, por mais elevada que seja e por menos culto que seja o médium, pode ser oriunda de seu inconsciente que pode conter informações adquiridas em suas experiências em vidas passadas, podendo aflorar a qualquer momento. Ser analfabeto não implica ter perdido os conhecimentos adquiridos em vidas passadas, pois eles podem ficar latentes, manifestando-se a partir de estímulos específicos.
Fonte: Livro Psicologia e Mediunidade
Do Professor Doutor Adenauer Novaes
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É sempre nossa intenção trazer assuntos que motivem a descoberta de novos caminhos, como a mediunidade é sempre tema aliciante, ao mesmo tempo que graça tanta confusão sobre o exercício da mesma. Deixamos nosso pequeno contributo, estamos todos aprendendo a educar a nossa mediunidade . Que Jesus nos envolva em vibrações de paz . Elda

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